CHEK in-out 31 - Liderança como apontador do “SENTIDO” – IPL define o padrão de qualidade da liderança.

“A aceitação de um líder será tanto maior quanto mais ele for um facilitador na condução dos objetivos almejados pelos seus subordinados”. Autor desconhecido.

Esse breve contexto foi extraído, inspirado e desenvolvido com as ideias de diversos grandes pensadores sobre o tema liderança como norteador do caminho, da direção e do sentido.

Primeiramente, esse assunto não é só sobre liderar. Se resume como uma história de vida pessoal e profissional!!!

O primeiro elemento é o Comportamento. 

As pessoas a sua volta observam e falam do seu comportamento.

Já parou pra pensar nisso?

Comportamento é a junção de várias decisões, atitudes e forma de se relacionar com as pessoas, processos, produtos, mercado...

O que as pessoas que você lidera, o mercado que você atua, na empresa que você trabalha, até sua família e pessoas do seu convívio, até na festa que você freqüenta, falam sobre os seus comportamentos???

Se você acessar sua rede de contatos e valida e compartilha um conteúdo, você está dizendo do seu comportamento, de suas crenças, valores, do que te inspira, do que você defende e até de como você influencia e principalmente da “forma” como você funciona.

Como a gente faz uma coisa é como a gente faz todas as outras.

A sua história é construída todos os dias pela “forma” como você faz as coisas e se se comporta na sua vida, com as pessoas, na sua carreira e como lidera!

Embora apresentada em1978, a teoria de Burns que distingue dois importantes aspectos da liderança ainda é pouco conhecida, especialmente dentro das empresas brasileiras. Como propõe textualmente: "trata a liderança como algo distinto do mero detentor de poder e da força bruta. 

Serão identificados dois tipos básicos de liderança: a transacional e a transformacional. Essa diferenciação não deve ser considerada como uma simples sutileza semântica, mas como uma importante separação entre duas filosofias frontalmente discordantes em termos da teoria e da prática de gestão. Os estudos de James McGregor Burns inspiraram até hoje diferentes autores e estudiosos sobre o tema liderar. 

Você já reparou como a liderança está deficiente?

E lembre-se, todos são líderes... aliás, se você toma uma decisão, você assume o risco de adoção da liderança... mesmo que temporária.

É a chamada liderança Situacional ou sem “patente”.

Se você tem filhos, você tem que liderar uma família...

Se você tem um trabalho, você é líder de pessoas ou processos...

Se você tem uma empresa, você lidera um negócio...

Se seu negócio está no mercado, você tem que buscar continuamente a primazia da liderança. 

Já ouviu falar no “apagão” de liderança?

Existe hoje uma escassez de lideres!

Não apenas em empresas, como na política, religiões, associações e famílias...

O sentimento é que a indústria da liderança e seus programas de desenvolvimento dentro das empresas para formação de líderes não estão dando conta de atender as demandas por lideranças de impacto. 

Mesmo com muitas teorias, muitas metodologias, muitas iniciativas, a liderança permanece sendo a chave do sucesso e do insucesso da grande maioria das empresas.

Logicamente que nem tudo está perdido quando o assunto é liderança, existem bons exemplos em empresas públicas, privadas, familiares, multinacionais ou startups... Logicamente, ainda são a minoria.

Um dos principais aspectos que qualquer líder precisa incorporar - aqueles que já são ou desejam essa responsabilidade algum dia – é saber que VÃO ter que se envolver com gente. Significa precisar mais deles do que eles de você. Orientar, ser o mentor, o educador, o aprendiz de alguém. Precisa praticar, muito.

Seja em um cenário pessimista, realista ou otimista, o que então faz do gestor um líder efetivo?

Alguns dos elementos que predominam e conduzem os líderes em seu papel de liderar, são: auto-proteção, independência, auto-realização e fome por poder.

Como a perda do Propósito tem destruído líderes?

Saber o significado fiel da palavra propósito e saber como conduzir as pessoas nesse trilho, garante o combustível necessário para gerar os motivadores internos.

Durante muitos anos, a forma pela qual os candidatos a cargos de chefia, de gerência ou da administração, baseou-se em padrões que pouco tinham a ver com o futuro papel de liderança a ser desempenhado por essas pessoas. Assim, a realidade atual das organizações empresariais no Brasil acusa uma ausência marcante daqueles que no exercício de tais cargos poderiam ser qualificados como verdadeiros líderes. 

Esse conceito relembra Taylor e Fayol – produção acima de qualquer pessoa.

Por outro lado, os programas de desenvolvimento dos novos líderes foram principalmente planejados para oferecer pesadas doses de conhecimentos técnicos e administrativos e muito pouco era mencionado sobre aquilo que dizia respeito ao processo de interação pessoal no contexto da liderança. Sem os cuidados necessários, instaurou-se em pouco tempo um clima de desmotivação generalizada.

A motivação só passou a ser um tópico tanto para as teorias organizacionais, quanto para a organização do trabalho em si – quando o sentido do trabalho desapareceu ou então foi perdido. Como conseqüência, as teorias motivacionais se têm transformado em o “sentido” do trabalho". O desaparecimento desse sentido pode ser atribuído principalmente ao descaso das organizações quanto à motivação para o trabalho.

Propondo que o líder tenha oportunidade de administrar o sentido que as pessoas dão ao seu trabalho em particular e à organização como um todo, aceita-se seu poder de interferir junto à cultura organizacional. 

Esta maneira de conceber a liderança reclama não somente a inclusão dos seguidores, como também dos pares e superiores, pois muito raramente o sentido percebido pode ser definido de maneira unilateral. 

Isso pode ultrapassar os limites da vida consciente, como coloca Burns: "Mas o processo fundamental, um pouco mais amplo, é, em larga escala, tomar consciente aquilo que permanece inconsciente em seus seguidores". 

A eficácia do líder, enquanto administrador do sentido e conseqüentemente agente de mudança, apóia suas bases no profundo conhecimento não somente do contexto cultural da organização, mas também na sua habilidade interpessoal em conhecer aqueles que dependem dele, facilitando sua chegada até a auto-realização.

Perguntas como: o que proporciona o apagão e domina a liderança, atualmente? 

São respondidas basicamente por dois fatores: rotina e necessidade de bater metas. Estes fatores são tão fortes e intrínsecos ao dia a dia da liderança que sua capacidade de perceber o sentido é deletada. Apagada.

O IPL – Inventário Prático de Liderança, apresenta 5 possibilidades de lidar com a questão do “sentido” na liderança de pessoas.

-O líder Desafiador do Processo;

-O líder Inspirador de uma Visão Compartilhada;

-O líder Capacitador de outras Pessoas para Agir;

-O líder que Molda o Caminho;

-O líder Motivador do Coração.

Sua participação:

Pela sua ótica e sentimento sobre o tema em questão, quem serão os líderes do futuro? 

Sendo o ser humano tão volátil em sua definição, é possível estabelecer um padrão comportamental que atenda todas as variáveis e exigências no processo de liderança? 

Em relação ao “sentido”, o que faz sentido para você quando o processo de liderança requer mostrar a direção para o aspecto da motivação?

Por Mário Borgo – Com base em experiências - pesquisas e textos da literatura sobre liderança de James McGregor Burns.