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Série CHECK in-out 2

Atualizado: 30 de jul. de 2024


Varejo físico na montanha russa.

O varejo atravessa por uma importante transição e mudanças de conceitos para uma transformação de modelo para atingir um transbordamento de resultado.


Durante e no pós pandemia, o mercado vai manter permanentes mudanças gerando grandes impactos.


Para muitas marcas o varejo físico conhecido não se aplicará mais.


A tecnologia tem gerado uma nova movimentação do mercado de consumo. A conveniência e facilidade de comprar no aconchego do seu lar, fez da compra virtual o principal legado da pandemia. E isso coloca grandes magazines em xeque. Mas os números ainda não confirmam isso como um fato definitivo.


O lockdow decretado ao varejo não é nenhuma novidade. Fala-se de uma “derrocada geral do varejo”. Nos Estados Unidos, uma notícia deixou o mercado alarmado: a Macy’s, uma das mais famosas lojas de departamento do mundo anunciou no início do ano o fechamento de um quinto de suas lojas físicas (125 unidades) durante os próximos três anos isso irá acontecer. Com os Shoppings caminhando em marcha lenta pós interdição, o comércio eletrônico em alta, mudanças drástica de comportamento dos consumidores, renda reduzida... A junção desses e outros vários fatores já seriam o bastante para repensar que caminho seguir. No entanto a decisão da Macy’s de trilhar esse caminho foi tomada em 2019. Como poderiam prever o que vinha pela frente?


O que eles sabiam que a grande maioria do varejo não tinha nem desconfiado?


De alguma forma a Macy’s em análise de seu planejamento estratégico entendeu que mudanças profundas viriam para o seu segmento e a prudência e inteligência competitiva de mercado fez com que tomassem essa decisão gerencial estratégica, obviamente para se manter desafiando o mercado e seus concorrentes.


Muitos analistas de mercado estão pregando o fim do varejo físico. Será?


Apesar do que se diz sobre isso e observando cuidadosamente os dados sobre o comércio eletrônico é possível perceber que a representação das vendas por esse canal ainda é muito modesta. Em 2019 representou 14% de tudo que foi comercializado por e-commerce, frente aos 25 trilhões gerados pelo varejo físico global. “não há evidências que apontem a substituição completa das lojas físicas pelo e-commerce e pelas lojas autônomas”


O horizonte mais distante não indica o fim do varejo físico, mas, sim, grandes mudanças.


O canal online continuará crescendo por suas vantagens e comodidades reunidas em um único lugar: na palma da mão. Hoje, é onde a atenção está.


As conveniências vão desde facilidade de pagamento, escolha do produto, comparação, opções variadas, entrega, promoções, descontos, opinião e avaliação por compradores, regulamentação cada vez maior do modelo de venda proporcionando segurança e credibilidade, cashback, interação e tantas outras que podem ser observadas.


Além disso, fazer compras não é uma experiência racional e clínica, baseada apenas em dados objetivos. O varejo fala com a EMOÇÃO. Na NRF em Nova York – maior feira de varejo mundial – Várias dificuldades que as grandes marcas de varejo vêm enfrentando foram debatidas nesse evento já há alguns anos.


Ou seja, alguém já levantou a questão lá trás.


Do que estamos falando?


Estamos falando de MESMICE, e mesmice mata.


Seguir com o mesmo modelo não vai funcionar. O comércio eletrônico fala com a RAZÃO.


Quando surgiu, já apontava em direção às lojas de departamento.


Reunir uma enorme variedade de produtos em um único lugar já era. Não dá para competir com a comodidade da compra online. Lojas de departamento são conhecidas por serem anódinas, ou seja, “sem sal”, sem acolhimento, sem calor humano de auto consumo como um hipermercado.


Se o “racional” funciona melhor na internet, os espaços físicos precisam focar nas “emoções”, colocando tempero nas relações comerciais.


De que forma isso pode ser tangível?


Por “experiências”. A expressão pode parecer surrada, mas, se em Nova York isso é um indicador, se é uma tendência irreversível, se o “encantar” o cliente permanece sendo um jargão verdadeiro e atual. Não podemos desprezar estes fatores e deixar de agir em sua direção. Abre-se uma lacuna para a integração entre o físico e o uso da tecnologia para que possam complementar os valores percebidos e desejados pelos clientes.


“A principal loja da Nike em NYC, num dos quarteirões mais nobres da Quinta Avenida, é um exemplo disso.


Munido do app da Nike, o cliente pode escanear as etiquetas das peças para consultar se elas estão disponíveis em outros tamanhos e cores no estoque. O celular também serve para enviar peças para o provador: nada de ficar perambulando pela loja com uma pilha de roupas nos braços. A flagship da Nike, batizada de House of Inovation, tem um andar inteiro dedicado à customização de tênis. E o cliente tem a opção de pagar no app, colocar o produto numa sacola e sair andando da loja, sem pegar fila ou passar no caixa.



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Outra facilidade oferecida pela loja da Nike e que tornou-se um dos investimentos mais importantes de todo o setor de varejo é o BOPIS, sigla em inglês para “comprar online, retirar na loja”. A capilaridade da rede de lojas físicas, além do desafio logístico de receber entregas no meio do dia, é uma das principais armas dos varejistas tradicionais na briga contra as empresas que nasceram e cresceram na internet. Uma das iniciativas de maior sucesso do Walmart, maior empresa de varejo do mundo, é o sistema que permite que os clientes façam as compras online e passem para retirar na loja – em alguns casos sem nem sequer ter de descer do carro”.


Por: Sheila Hissa – redacao@savarejo.com.br


Na NRF, a tecnologia sempre marcou presença e teve destaque, mas nas últimas três edições deixou claro que as inovações relacionadas a promover experiências e converte-la em compras, tem sido a tônica para diminuir a distância entre as lojas tradicionais e as operações online.


Acredito que o varejo pode não estar passando pelo final de sua existência, mas certamente está passando por um processo de ruptura com o tradicional e essa provocação profunda já está em andamento e vários anos. Para alguns percebida a mais tempo, para outros só estão percebendo agora e para muitos estão observando e acreditando que a normalidade irá voltar como era antigamente. Nesse último caso, nem com respirador será possível reverter.


Você pode não acreditar nisso, mas saiba que vêm por aí grandes mudança que você não poderá ignorar. Esteja preparado!!!


Sua participação:


De que forma você entende que o varejo deveria se posicionar frente as mudanças ocorridas em termos de tecnologia?


Mas que isso, passada a pandemia e a poeira abaixado, como você enxerga as oportunidades e desafios para o seu negócio?


Que conselho você daria a um empresário para que ele possa enfrentar essas mudanças e atingir seus objetivos de crescimento?


Por: Mário Borgo – com base em matérias da Varejo SA - NRF - Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo.


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